Trabalho de Campo

Nesta página, fui escrevendo algumas reflexões, umas mais pessoais, outras mais acerca do trabalho realizado. Foquei-me principalmente em perceber a evolução da realização do trabalho e a forma como tudo foi surgindo. Fiz 8 reflexões ao longo do semestre, e, no final da página, fiz uma reflexão final, fazendo uma pequena síntese de todo o processo.

Reflexões

Reflexão 1

Conceção de um projeto de intervenção  

A conceção de um projeto de intervenção ´é algo que me assusta um bocadinho e eu sei que pode ser desafiador. Contudo acredito, que tal como já aconteceu anteriormente na licenciatura, vai ser fundamental para abordar problemas, implementar mudanças e alcançar metas, tanto a nível académico como a nível pessoal. Espero conseguir, em conjunto com a minha colega, definir claramente o que se pretende alcançar com o projeto, estabelecer metas mensuráveis e fazer um planejamento realista e claro. Não é a primeira vez que vou planear e pôr em prática um projeto mas desta vez é muito mais elaborado e preciso de muito mais fundamentação teórica, e a falta de conhecimento/experiência assusta-me um bocadinho. O facto de já conhecer a minha colega de trabalho deixa-me mais tranquila, pois sei que é fundamental comunicar de forma eficaz e esclarecer todas as preocupações que possam surgir.

Reflexão 2 

Dificuldade em encontrar uma instituição 

A dificuldade de encontrar uma instituição para trabalhar é algo que me stressa bastante. Eu sei que é um processo que é demorado e desafiador. A falta de respostas das instituições começaram a deixar-me desanimada e desmotivada. Ainda assim, consegui manter-me unida com a minha colega, que ainda bem que é minha amiga também, e começamos na procura de mais instituições e a enviar mais email. Quando finalmente começamos a ter respostas foi um alívio. Apesar de decidir qual seria a nossa melhor opção ter sido um processo um pouco confuso, tentámos sempre manter-nos focadas em instituições que nos despertavam algum tipo de interesse.

Tudo isto fez-me pensar na importância de trabalhar com a minha colega/amiga Joana. Felizmente existe uma compreensão mútua entre nós que facilita a comunicação e a colaboração no trabalho que temos planeado para desenvolver. Acho que o que foi mais essencial nesta etapa foi a partilha de ideias que tivemos, que nos levou a escolher instituições muito diferentes mas ao mesmo tempo muito interessantes. 

Reflexão 3

Conversa com o Museu da Água

A conversa que iria ser presencial realizou-se por email devido ao mau tempo. Iniciámos a reunião pelo Meets às 15h30m, tal como combinado por email. A supervisora pedagógica chegou 25 minutos atrasada, e mostrou estar bastante atarefada, pois saiu da reunião várias vezes para conversar com outras pessoas que iam aparecendo. 5 minutos depois de estar à conversa connosco saiu da câmara e apareceu outro senhor (não conseguimos identificar quem era), que nos começou a dizer os eventos que iriam ocorrer na próxima semana aos quais poderíamos comparecer. Outro ponto negativo foi terem-nos dito que a maioria das atividades ocorrem ao fim de semana, visto que uma de nós trabalha nesses dois dias da semana seria complicado. Eu sei que quando uma conversa não corre muito bem, é comum ficarmos um bocadinho desconfortáveis ou envergonhados, mas eu acho que esta conversa me deixou mais nervosa. Sinto que foi uma conversa confusa, e mesmo assim tentei sempre ser recetiva até ao ultimo minuto. Por isso acho que fiquei um bocadinho desapontada, estava com as expetativas muito elevadas em comparação com aquilo que realmente aconteceu.

Com isto, mesmo sem o OK da Rede de Bibliotecas Escolares, não estamos mesmo entusiasmadas em colaborar com o Museu da Água.

Reflexão 4

Conversa com a Rede de Bibliotecas Escolares

Tivemos a primeira reunião com a Rede de Biblioteca Escolares. Nesta reunião ficamos a perceber melhor quem eram, como trabalham e os seus objetivos gerais e enquadra-se com os nossos objetivos e os nossos interesses enquanto futuras formadoras. Gostamos bastante e ficamos muito interessadas por colaborar com eles. 

Tenho a certeza que esta vai ser uma experiência verdadeiramente gratificante. Fiquei com a sensação de que fazer parte desta instituição com um propósito claro e nobre é incomparável, chamou-me bastante a atenção o cuidado que vi em adaptar os livros para que todo o tipo de criança tenha a oportunidade de experienciar todas as histórias possíveis. Com isto, acho que trabalhar em prol de uma causa maior traz um senso profundo de propósito e realização e saber que a nossa proposta de projeto poderá fazer a diferença na vida de alguma criança é uma fonte inesgotável de alegria. Livros sempre foi algo que me fascinou, é como se durante o tempo que estou a ler viajasse para um mundo completamento paralelo, por isso, trabalhar com esta instituição acaba por ser uma realização pessoal. 

Reflexão 5

1ª visita de trabalho de campo - Rede de Bibliotecas Escolares

No dia 10/11 fizemos a primeira visita à RBE, já com o objetivo de recolher informação para o nosso trabalho. Tivemos a oportunidade de falar com a nossa tutora, a Sra. Teresa Santa Clara e a coordenadora Dra. Manuela Pargana e falamos de como seriam as nossas próximas semanas e ouvimos as propostas de trabalhos que tinham para nós. A proposta que eles acharam melhor para nós, é de ir visitar quatro escolas, onde a Redes de Bibliotecas Escolares atua, duas com menos sucesso e duas com maior sucesso. Uma proposta que aceitamos logo, pois vai enriquecer a nossa observação e ver como eles atuam nas diversas escolas. Outra proposta, é de reunirmos com os coordenadores interconcelhios que tratam das escolas onde iremos fazer a nossa observação. Para além da nossa conversa, tivemos oportunidades de falar com três membros do gabinete. Nestas conversas que tivemos senti que surgiu uma grande variedade de ideias e perspetivas para alcançar o nosso objetivo. Senti que houve uma comunicação muito eficaz, uma grande vontade de colaboração e principalmente um ambiente muito positivo. A diversidade de conhecimentos e experiências dos membros do gabinete ajudou-nos a começar a ter ideias muito interessantes e criativas. Fiquei muito contente e senti-me muito confortável para fazer todo o tipo de perguntas que achei pertinente.

Reflexão 6

2ª visita de trabalho de campo - Rede de Bibliotecas Escolares

No dia 15/11/2023 fomos visitar a biblioteca escolar na escola Francisco Arruda, em Alcântara. Fomos observar atividades da Sra. Lurdes Caria, que é uma das coordenadoras interconcelhias da Redes Bibliotecas Escolares. Observamos as várias dinâmicas realizadas com uma turma de 4ºano. Após sairmos da visita, falamos entre nós e decidimos enviar um e-mail à Sra. Teresa para lhe dizer que tinha corrido bem mas também que achávamos mais pertinente observar uma escola onde existe "falhas" nas bibliotecas escolares, pois assim poderíamos observar onde atuar e ver onde há necessidades para efetuar um diagnostico de necessidades.

Achei o trabalho desta professora bibliotecária muito bom.  Acho que uma intervenção adicional vinda da nossa parte pode ser desnecessária. Não senti que uma intervenção fosse agregar valor significativo e permitir que este tipo de projetos sigam o seu curso natural.

Reflexão 7

A ausência de uma ideia de projeto...

A ausência de uma ideia de projeto surge da dificuldade que estamos a sentir em identificar uma necessidade clara ou uma lacuna que mereça ser preenchida. Neste momento, encontro-me diante de um desafio: a aparente falta de uma necessidade urgente ou de um problema que exija uma solução específica. Não consigo pensar em nada especifico que possa contribuir para a Rede de Bibliotecas Escolares e que se enquadre com a minha licenciatura em Educação e Formação. Tenho pensado em explorar áreas mais amplas, mas não quero "viajar" e acabar por propor algo que não seja possível fazer.

Esta situação deixa-me um pouco frustrada, especialmente porque tenho prazos a cumprir para apresentar o projeto. 

Reflexão 8

3ª visita de trabalho de campo - Rede de Bibliotecas Escolares

No dia 04/12 fizemos uma observação de 9 horas. Começamos às 10:00 da manhã na Escola Secundária Gama Barros, onde observamos uma dinâmica realizada por uma professora bibliotecária para o quinto ano. Após a dinâmica, falamos com a professora bibliotecária que nos disse que o mais complicado era fazer os encarregados de educação participar nas atividades que a biblioteca propõe. De seguida, fomos almoçar com a Sra. Teresa que nos acompanhou ao longo desse dia e conversamos sobre uma ideia de projeto onde atuaríamos entre o ensino secundário e o ensino superior. Para finalizar o dia, presenciamos e participamos numa reunião de coordenadores interconcelhios e professores bibliotecários, onde foi dada uma formação de "Como fazer as perguntas certas". Observamos que havia uma parte teórica e depois uma parte prática onde foi dado um workshop ao qual participamos. 

Esta visita foi a mais importante de todas, pois foi onde surgiu a ideia de participarmos no projeto da RBE "Cientificamente Provável". Tivemos logo várias ideias para propor, e começamos logo a trabalhar num documento, no dia seguinte, pra pôr todas as ideias em ordem. 

Reflexão Final

Para mim, a elaboração de um projeto de intervenção implica uma série de contribuições pessoais que vão além da simples aplicação de conceitos teóricos. Durante o processo, percebi que a minha capacidade de pesquisa, análise crítica e pensamento estratégico foi fundamental para delinearmos uma proposta de projeto eficaz. A pesquisa bibliográfica e a revisão de estudos foram essenciais para realizar a nossa propostas e garantir a qualidade do projeto, o que sem os seminários anteriores não seria poss´´ivel.

No entanto, não posso negar que enfrentamos algumas dificuldades ao longo do trabalho de campo. A principal delas foi a dificuldade em encontrarmos um projeto que viesse de facto acrescentar algo à RBE e a nós. Queríamos fazer algo que nos fizesse sentido e que acabou por ser bastante pessoal. O facto de uma das escolas secundárias se ter recusado a acompanhar os estudantes ao nosso instituto também se mostrou um obstáculo significativo, visto que foi algo que me tocou bastante e me deixou muito triste. O maior desafio foi sem duvida a gestão de recursos e o cronograma que nos foi apresentado.

As aprendizagens e competências desenvolvidas ao longo do processo foram vastas. A capacidade de comunicação, organização e criatividade foram aprimoradas significativamente. Aprendi a adaptar-me a situações imprevisíveis e a lidar com a pressão do tempo de maneira mais eficiente. Além disso, percebi melhor a importância da escuta ativa e da empatia no contexto de intervenções sociais. 

Ao refletir sobre a organização das atividades na unidade curricular, destaco a relevância das discussões em aula e da troca de ideias com a professora.

Quanto às expectativas para o próximo semestre, espero que a unidade curricular continue a desafiar-nos a aplicar os conhecimentos que adquirimos até aqui. Gostaria que houvesse tivesse sido dada uma maior importância à parte teórica. Ou seja, senti que houve pouca orientação relativamente a conhecimento científico, o que me deixou um bocadinho perdida no inicio do semestre. Além disso, acredito que uma abordagem mais aberta a diferentes métodos e estratégias enriquecerá ainda mais a UC.

Em suma, a minha jornada na unidade curricular Seminário 5 foi intensa e enriquecedora. As contribuições pessoais foram fundamentais, as dificuldades enfrentadas foram oportunidades de crescimento, as aprendizagens foram significativas. Estou otimista em relação ao próximo semestre e confiante de que estas experiências contribuirão para o meu desenvolvimento profissional e académico.

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